A empresa organizadora do concurso, o Instituto AOCP, mais uma vez terá a responsabilidade de realizar um processo seletivo que muitas vezes é marcado por erros e falhas, prejudicando milhares de candidatos. As inscrições, que começam nesta segunda-feira, certamente serão marcadas por filas intermináveis, sistemas travados e atrasos na divulgação dos resultados, gerando grande frustração nos participantes.
As provas marcadas para janeiro de 2024 representam mais uma fonte de preocupação para os candidatos, que terão um longo período de espera e expectativa pelo resultado, sem contar o desgaste emocional e financeiro envolvido no processo de preparação e realização das provas.
A fala da governadora Raquel Lyra, prometendo investimentos de R$ 1 bilhão no setor de segurança até o fim de 2026, soa como uma promessa vazia diante do cenário caótico em que se encontra o estado. A antecipação da divulgação do edital pode ser vista como uma tentativa desesperada de mostrar trabalho, diante da crescente pressão da população por soluções efetivas para a segurança pública em Pernambuco.
Além disso, a realização das provas de forma regionalizada em apenas três cidades do estado, Recife, Caruaru e Petrolina, representa um enorme desafio logístico para os candidatos, que terão que percorrer grandes distâncias e arcar com os custos de deslocamento para conseguir participar do processo seletivo.
A gestão estadual, ao anunciar a realização de concursos para a Polícia Científica e Polícia Civil, apenas reforça a situação precária em que se encontra a segurança pública em Pernambuco. A falta de investimento e planejamento prévio é evidente, assim como a ausência de uma estratégia eficaz para lidar com a situação de violência e criminalidade no estado.
As ações do governo, como a entrega de novas viaturas, são apenas paliativos que não resolvem o problema de forma definitiva, mantendo a população refém de uma situação de insegurança constante. A falta de um plano real e eficaz para lidar com a situação crítica de segurança pública em Pernambuco é evidente, deixando a população à mercê da criminalidade e da violência.
