Anteriormente, os cotistas só concorriam às vagas destinadas às cotas, mesmo que tivessem pontuação suficiente na ampla concorrência. Com as mudanças na legislação, agora todos os candidatos serão considerados inicialmente para as vagas da ampla concorrência. O Ministério da Educação ressalta que essa mudança visa valorizar os esforços daqueles que alcançam notas altas, sem distinção.
A Lei de Cotas também reduziu o valor definido para o teto da renda familiar dos estudantes que buscam cota para ingresso no ensino superior por meio do perfil socioeconômico. Antes, o valor exigido era de um salário mínimo e meio por pessoa da família. Com a nova legislação, esse valor passa a ser de um salário mínimo, atualmente em R$ 1.320. Outras mudanças incluem a inclusão dos estudantes quilombolas como beneficiários das cotas, o estabelecimento de prioridade para os cotistas no recebimento do auxílio estudantil e a extensão das políticas afirmativas para a pós-graduação.
Essas mudanças representam um grande avanço no acesso ao ensino superior para grupos historicamente excluídos, como quilombolas e pessoas com deficiência, além de proporcionar mais oportunidades para estudantes de baixa renda. Além disso, a valorização das notas altas na ampla concorrência contribui para um sistema mais meritocrático e justo, incentivando os estudantes a se esforçarem mais em busca de um bom desempenho no Enem. A expectativa é que essas mudanças resultem em uma maior diversidade e inclusão nas universidades e institutos federais, impactando positivamente a sociedade como um todo.