Originária da Indonésia, Malásia e Tailândia, a mosca-da-carambola foi detectada pela primeira vez no Brasil em 1996, no Amapá. Considerada uma grande ameaça à agricultura do país, a praga representa riscos à saúde humana, à produção de alimentos saudáveis e consequentes danos econômicos, especialmente à fruticultura.
O ciclo de vida da mosca-da-carambola envolve a deposição de larvas em frutos, acelerando o processo de amadurecimento e queda do fruto já estragado. Além da carambola, a espécie também pode atacar outras frutas como goiaba, manga, jambo, acerola e tangerina, tornando os frutos inviáveis para consumo humano e aumentando o custo da produção por conta das medidas de combate.
Desde 2017, o Ministério da Agricultura estabeleceu procedimentos para prevenção e erradicação da praga, que estava restrita aos estados do Amapá, Roraima e Pará. Em março deste ano, Roraima foi declarado sob quarentena por tempo indeterminado.
As medidas estabelecidas visam implementar ações em pomares comerciais e áreas de ocorrência de frutos hospedeiros, locais de comercialização, transporte de cargas e bagagens de passageiros, buscando conter a proliferação da mosca-da-carambola. Isso inclui a orientação da população sobre não colher e transportar frutos do chão em áreas de ocorrência da espécie, bem como a utilização de armadilhas e pulverizações com iscas tóxicas.
A presença da mosca-da-carambola representa um desafio significativo para o setor agrícola, exigindo medidas urgentes para evitar danos à produção de alimentos e à economia dos estados afetados. A declaração de emergência fitossanitária destaca a importância de ações coordenadas e eficazes para controlar a propagação dessa praga e proteger a agricultura brasileira.