Presidente do STF defende política de cotas raciais em universidades brasileiras durante abertura da 1ª Jornada Justiça e Equidade Racial.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, expressou seu apoio à política de cotas raciais nas universidades brasileiras durante a abertura da 1ª Jornada Justiça e Equidade Racial, realizada em Brasília. Barroso ressaltou que, como professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), testemunhou as resistências enfrentadas na implantação do sistema de cotas, mas destacou a importância da medida para a inclusão social de pessoas negras.

Em sua apresentação, o presidente do STF enfatizou o papel crucial da educação de qualidade na promoção da igualdade racial. Ele destacou a contribuição do Judiciário ao validar as políticas de cotas raciais nas universidades, ressaltando que essas políticas têm sido reconhecidas como essenciais sem contestação nos dias atuais.

Barroso também citou dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública para ilustrar a existência do racismo estrutural no país. Os números revelaram que, em 2022, 76% das vítimas de homicídios eram pessoas negras, enquanto mulheres negras representaram 65% das vítimas de homicídios e 70% dos presos eram homens negros. Para Barroso, esses dados comprovam a existência do racismo estrutural no país, o qual requer uma resposta coletiva da sociedade.

Além disso, o presidente do STF ressaltou a necessidade de enfrentar o racismo estrutural, destacando a importância de toda a sociedade se engajar nesse desafio.

A importância das cotas raciais no ensino superior também foi destacada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que sancionou o texto que atualiza a Lei de Cotas. As mudanças incluem ajustes no mecanismo de ingresso de cotistas ao ensino superior, critérios de renda para reserva de vagas e a inclusão de estudantes quilombolas como beneficiários.

Diante desse contexto, as políticas de cotas raciais nas universidades brasileiras ganham cada vez mais relevância, sendo reconhecidas como uma ferramenta essencial para promover a igualdade racial no país.

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