Três homens são enforcados no Irã por “atos de terrorismo” na província de Sistão-Baluchistão, sudeste do país.

Três homens foram enforcados nesta segunda-feira no Irã, na província de Sistão-Baluchistão, região sudeste do país. Segundo a autoridade judicial do país, os homens foram condenados por “atos de terrorismo”, em colaboração com o grupo jihadista Jaish al-Adl, que é considerado “terrorista” pelas autoridades iranianas.

Os homens identificados como Mohamad Barahui, Mohamad Karim Barakzaei e Idris Bilrani, foram considerados culpados por cooperar com o grupo Jaish al-Adl. Este grupo foi formado em 2012 por ex-membros de uma organização radical de Sistão-Baluchistão, uma região marcada pela pobreza e pela presença de uma minoria étnica balúchi, seguidora do islamismo sunita, em contraste com o xiismo predominante no Irã.

A condenação dos três homens foi baseada em sua participação em ataques a uma delegacia e a uma viatura policial em 2019. Além disso, as autoridades informaram que um arsenal de armas foi descoberto na casa de um deles.

A execução desses homens ocorre em meio a um contexto tenso, marcado pela luta entre as forças governamentais e grupos armados atuantes na região de Sistão-Baluchistão. Essa situação cria preocupações e controvérsias sobre a gestão e os desdobramentos do conflito na região sudeste do país.

A previsão de mais tensões e possíveis conflitos armados na região preocupa a comunidade internacional e chama a atenção para os desafios enfrentados pelo Irã para lidar com a questão do terrorismo doméstico e da instabilidade em regiões periféricas do país.

A execução dos três homens é reflexo de um contexto mais amplo de desafios enfrentados pelo governo iraniano em relação à segurança nacional e à estabilidade interna do país. A situação na província de Sistão-Baluchistão é um reflexo da complexidade e sensibilidade das questões étnicas, religiosas e políticas que permeiam a realidade do Irã.

Diante desse cenário, a comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos dessa questão e espera que sejam buscadas soluções dialogadas e pacíficas para os desafios vivenciados no Irã.

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