El Niño retorna com impacto global: cientistas alertam para o aumento de doenças tropicais devido ao fenômeno climático

O retorno do fenômeno climático El Niño após quase quatro anos está causando muitos transtornos e preocupações em diversas áreas ao redor do mundo. Além das condições meteorológicas extremas, dificuldades econômicas e perturbações na agricultura, os cientistas alertam para um outro efeito preocupante: o ressurgimento de doenças tropicais em escala global.

De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), o El Niño começou há cinco meses e tem 62% de chances de persistir até junho do próximo ano. Este cenário levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a realizar uma conferência de imprensa para alertar sobre o aumento da transmissão de doenças tropicais, como dengue, Zika e Chikungunya.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ressaltou que o fenômeno climático pode aumentar a transmissão dessas doenças, já que os mosquitos transmissores desses vírus se proliferam em climas mais quentes, que são trazidos pelo El Niño a muitas partes do mundo. Isso pode ser observado no Brasil, que enfrenta recordes das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como dengue, Zika e Chikungunya.

Além disso, a América do Sul, Ásia e outros países já enfrentam surtos dessas doenças tropicais. O Peru, por exemplo, declarou estado de emergência devido ao pior surto de dengue já registrado neste ano, com aproximadamente 150 mil casos suspeitos relatados até o meio do ano. A situação também é preocupante na Tailândia, Malásia, Camboja, Paraguai e Singapura, que já enfrentam um aumento nos casos.

No Brasil, o país caminha para bater pelo segundo ano seguido o recorde de óbitos por dengue, enquanto o Paraguai registrou pelo menos 40 mortes devido a um surto contínuo de chikungunya. Portanto, é urgente a necessidade de ações para controlar o aumento dessas doenças tropicais, à medida que o El Niño continua a afetar as condições climáticas em várias partes do mundo.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo