Confrontos em Mianmar deixam 75 civis mortos e mais de 200.000 deslocados, diz ONU

Um ataque coordenado por grupos étnicos minoritários no norte do país resultou na morte de 75 civis, incluindo crianças, e deslocou mais de 200.000 pessoas em Mianmar. Esses confrontos começaram no mês passado contra o Exército de Mianmar e representam a maior ameaça para os generais que controlam o país desde o golpe de Estado de 2021.

A ofensiva foi executada por uma aliança formada pelo Exército de Libertação Nacional Taaung, o Exército de Arakan e a Aliança Democrática Nacional de Mianmar, causando a tomada de dezenas de posições militares e rodovias, bem como a cidade fronteiriça de Chinshwehaw, estratégica para os negócios com a China, o principal parceiro comercial de Mianmar. O regime militar admitiu a perda de território, mas contestou as afirmações da aliança de que teria assumido o controle de cidades no norte do estado de Shan, classificando-as como “propaganda”.

A situação é preocupante, uma vez que os confrontos já resultaram em uma grande quantidade de vítimas civis e deslocados internos. Relatos indicam que as vítimas incluem crianças e causaram 94 feridos, o que mostra o impacto significativo dessas hostilidades. O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) das Nações Unidas divulgou um comunicado alertando para a situação crítica que se desenrola em Mianmar.

Esses eventos desestabilizadores aumentam a tensão no país, que já enfrenta desafios políticos e econômicos significativos. Além disso, a aliança dos grupos étnicos minoritários representa uma séria ameaça para o governo militar, que busca manter o controle do território. A escalada dos combates cria um ambiente de incerteza e insegurança para a população local.

É importante que a comunidade internacional acompanhe de perto a situação em Mianmar, oferecendo assistência humanitária e buscando soluções pacíficas para a crise. A proteção dos civis e a promoção da estabilidade no país devem ser as prioridades nesse momento delicado.

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