A morte da bebê de oito meses, Indi Gregory, nesta segunda-feira, chocou a todos após a polêmica em torno do desligamento do suporte de vida que a mantinha viva. Ela sofria de uma doença mitocondrial incurável, uma condição genética rara que resulta na drenagem de energia das células do corpo. A pequena Indi nasceu no dia 24 de fevereiro e desde então lutava contra sua condição de saúde.
Infelizmente, a doença era agravada por um buraco no coração e, desde seu nascimento, a bebê precisou passar por cirurgias delicadas no intestino e no crânio para drenar líquido. Em setembro, o Nottingham University Hospitals NHS Trust, na Inglaterra, solicitou a suspensão de alguns tratamentos médicos de Indi, incluindo assistência respiratória, terapia de oxigênio, tubos e ressuscitação cardiopulmonar (RCP).
Diante dessa solicitação, a família não concordou com os médicos, e o hospital decidiu levar o caso à Alta Corte. Desde então, uma batalha legal se desenrolou, com os pais lutando para manter o tratamento da bebê. No entanto, os médicos alegaram que, devido à gravidade do caso, não seria viável prosseguir com um tratamento tão invasivo e decidiram que seria mais “bondoso” deixar Indi morrer do que submetê-la à dor que estava sofrendo.
A situação gerou um veredicto que resultou no desligamento do suporte de vida que mantinha Indi Gregory viva. Mesmo com a possibilidade de continuar o tratamento no exterior, incluindo a obtenção de cidadania italiana para a bebê, a transferência para um hospital fora do Reino Unido foi recusada pelos juízes ingleses.
Mesmo diante de um parecer favorável de um hospital na Itália, que oferecia um tratamento totalmente financiado pelo governo italiano, a batalha legal parecia destinada a acabar de forma trágica. Apesar dos esforços e da luta da família, Indi faleceu após a decisão da Alta Corte de desligar seu suporte de vida.
A morte da pequena Indi Gregory comoveu a todos e trouxe à tona questões controversas sobre o tratamento médico e a autonomia das famílias diante de diagnósticos graves. A história da bebê tocou o coração de muitas pessoas e desencadeou debates sobre a necessidade de revisão dos protocolos médicos e legais em casos tão delicados. A triste saga de Indi Gregory levantou questões fundamentais sobre ética médica e o papel e a voz das famílias em situações extremas.
