Em uma conversa com a Agência Brasil, os repatriados contaram sobre a sensação de segurança e alívio que tiveram ao chegar ao Brasil. Muitos deles relatam a tensão vivida na região, a falta da sensação de segurança e a angústia de saber que parentes e amigos ainda permanecem em áreas afetadas pela guerra, sem perspectiva de saída.
Um dos repatriados, Mahmoud Abuhaluoub, retornou ao Brasil após sete anos vivendo aqui para visitar sua mãe idosa em Gaza. Ele descreveu o cenário vivido nos últimos dias como desolador, com prédios desmoronados, bombas em escolas e igrejas que serviam de abrigo. Abuhaluoub lembrou os momentos mais tensos, como quando teve que evacuar o norte de Gaza em direção ao sul seguindo as determinações de Israel.
Shahed Albanna, que esperava completar 18 anos para retornar ao Brasil, estava em Gaza juntamente com sua mãe e irmã mais nova. Ela relatou as dificuldades enfrentadas na região, como a falta de água, comida, energia e internet. No entanto, a jovem relatou que a leitura foi uma das formas de aliviar os momentos de tensão.
Agora, essas pessoas aguardam pela resolução de suas situações em território brasileiro, com a esperança de que a situação em Gaza possa se resolver em breve. A sensação de alívio e segurança em solo brasileiro é unânime entre aqueles que conseguiram escapar da guerra. A ideia de paz e tranquilidade que o Brasil representa para elas parece ter se tornado ainda mais forte após os dias vivenciados em meio ao conflito.
