Comissão Europeia autoriza uso do glifosato por mais 10 anos na União Europeia, mas com restrições e condições adicionais

A Comissão Europeia autorizou a utilização do glifosato na União Europeia por mais 10 anos, após os Estados-membros não terem chegado a um acordo sobre a proibição da sua utilização. O glifosato é um herbicida de amplo espectro usado para matar ervas daninhas, especialmente as folhosas perenes e gramíneas.

A decisão foi tomada após os países da União Europeia não alcançarem um consenso sobre a proibição do glifosato. Esta é a segunda vez que os países da União falham em chegar a um entendimento sobre o assunto, levando a Comissão Europeia a avançar com sua própria proposta. Desta forma, o uso do glifosato foi autorizado por mais 10 anos, sujeito a determinadas condições e novas restrições, como a proibição da utilização pré-colheita como dessecante e a necessidade de determinadas medidas para proteger os organismos não visados.

Entretanto, a Comissão Europeia enfatizou que os Estados-Membros são responsáveis pelas autorizações nacionais dos produtos fitofarmacêuticos que contêm glifosato. Isso significa que cada país continuará a ter a possibilidade de restringir a sua utilização a nível nacional e regional, se considerar necessário.

A decisão da Comissão Europeia foi tomada apesar de alertas da Organização Mundial de Saúde em 2015 sobre os riscos cancerígenos do glifosato. No entanto, a Agência Europeia para a Segurança dos Alimentos e a Agência Europeia dos Produtos Químicos afirmaram ter provas científicas para classificar o herbicida como não cancerígeno.

Após intensas discussões e um impasse entre os Estados-membros, a Comissão Europeia optou por autorizar a continuação do uso do glifosato na União Europeia, evidenciando a complexidade e a sensibilidade dos debates em torno do tema. Com a autorização, a utilização do glifosato na União Europeia continuará por mais uma década, sujeita a novas restrições e condicionantes. Resta agora aos Estados-membros avaliarem a autorização em nível nacional e regional, decidindo se irão restringir o uso do herbicida em seus territórios.

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