A reportagem em questão expôs as condutas do promotor e do juiz durante o julgamento do empresário André de Camargo Aranha, acusado de ter estuprado Mariana Ferrer em um clube em Florianópolis. A matéria utilizou vídeos gravados da audiência de instrução que mostram que Mariana Ferrer foi humilhada e constrangida pelo advogado de defesa do acusado, Cláudio Gastão da Rosa Filho.
Recentemente, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deu o seu parecer sobre o caso, punindo o juiz Rudson Marcos com uma advertência, por ter sido omisso durante a audiência. O advogado do empresário humilhou e desrespeitou a influenciadora por várias vezes sem que o juiz ou o promotor de Justiça Thiago Carriço de Oliveira interviessem.
Diante da condenação, a jornalista agradeceu às mensagens de apoio e solidariedade que recebeu nas redes sociais. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Santa Catarina (SJSC) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiaram a condenação, chamando-a de injusta e um grave atentado à liberdade de imprensa. A Associação Catarinense de Imprensa também se solidarizou com Schirlei Alves, divulgando uma nota de repúdio à decisão judicial. Assim como o PT de Santa Catarina, que classificou a pena como desproporcional e típica de tempos estranhos, afirmando que não aceitará tal arbitrariedade.
Esse caso está gerando grande comoção e revolta nas redes sociais, pois reforça ainda mais a necessidade de garantir a liberdade de imprensa e a proteção dos jornalistas no exercício de sua profissão. A repercussão do caso certamente continuará e a defesa de Schirlei Alves buscará reverter essa situação, que atinge não apenas a jornalista em questão, mas toda a classe jornalística.
