Pacheco apresentou uma proposta de quatro estratégias para o pagamento da dívida. A primeira delas envolve a rediscussão do valor do débito, questionando o crescimento exponencial da dívida ao longo dos anos. O presidente do Senado questionou se a aplicação de juros sobre juros torna a dívida praticamente impagável, e defendeu a necessidade de reavaliar a correção do valor.
Outra estratégia apresentada por Pacheco é a transferência de ativos do estado para a União. Ele destacou a importância de avaliar o real valor dos ativos, para que a negociação seja justa e não represente um sacrifício para os servidores e empresas do estado.
Além disso, o senador propôs a cessão de créditos judiciais de Minas Gerais para a União, desde que o estado tenha garantias de que o benefício seja revertido exclusivamente para Minas.
Por fim, Pacheco defendeu a possibilidade de um desconto no saldo remanescente da dívida, permitindo o pagamento em um prazo de até dez anos. Ele ressaltou a importância de assegurar um tratamento justo para os estados, citando a disposição da União em programas de recuperação fiscal para contribuintes privados.
Pacheco anunciou que pretende apresentar formalmente a proposta ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e submetê-la ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema. A reunião também contou com a presença do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, do presidente da Assembleia Legislativa do estado, deputado Tadeu Leite, e do líder da bancada mineira no Congresso Nacional, deputado Luiz Fernando Faria.
Diante da grave situação fiscal de Minas Gerais, Rodrigo Pacheco enfatizou a importância da união política para a resolução do problema, independentemente de partidos e ideologias. O presidente do Senado espera que a proposta apresentada possa abrir caminho para a solução deste que é o maior desafio financeiro da história do estado.