“Nós pedimos à Agência Nacional de Energia Elétrica que cancele o contrato com a Enel. Não é apenas por causa das chuvas e das rajadas de vento do dia 3 de novembro. Já há algum tempo estávamos discutindo com a Enel uma série de questões”, afirmou o prefeito em entrevista.
De acordo com Nunes, unidades básicas de saúde (UBSs) e conjuntos habitacionais ainda não puderam ser inaugurados devido à demora da Enel em iniciar o fornecimento de energia. “Eu tenho cinco UBS prontas esperando a Enel realizar a ligação de energia. Há um conjunto habitacional para inaugurar na Vila Olímpia, e não conseguimos fazer isso porque a Enel não faz a ligação de energia há cinco meses”, acrescentou.
Até o final da manhã desta quinta-feira, aproximadamente 63 mil residências e estabelecimentos comerciais ainda estavam sem energia após o temporal que atingiu a Grande São Paulo na noite de quarta-feira (15). Em nota, a Enel informou que havia restabelecido o fornecimento para 78% dos clientes afetados pela falta de luz.
A prefeitura já havia acionado a Justiça devido aos transtornos enfrentados após as chuvas do último dia 3 de novembro, que deixaram 2,1 milhões de pessoas sem energia na cidade de São Paulo. Em alguns locais, o abastecimento demorou cinco dias para ser restabelecido.
“O problema com a Enel é grave, não se limita à falta de resposta nos eventos das rajadas de vento e das chuvas. É uma questão que a prefeitura vem discutindo há bastante tempo. Eles precisam melhorar muito”, ressaltou o prefeito.
A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com a Enel, porém aguarda uma resposta da empresa sobre o assunto.