O relatório também aponta que, assim como em 2021, todas as vítimas fatais de violência policial na cidade do Recife em 2022 eram pessoas negras. Além disso, os municípios de Igarassu e Olinda também se destacaram no recorte das mortes de negros em Pernambuco. Os dados divulgados pela coluna de segurança do JC mostram que, no ano passado, foram registradas 91 mortes decorrentes de intervenções policiais. Desses casos, 90% das vítimas eram pessoas negras, o que evidencia a disparidade racial nos índices de violência policial no estado.
A Secretaria de Defesa Social (SDS) registrou um crescimento alarmante das mortes durante intervenções de agentes de segurança em Pernambuco. Segundo os dados, durante o período de janeiro a setembro de 2022, foram contabilizadas 66 mortes, enquanto, no mesmo período de 2023, esse número subiu para 95, representando um aumento de 43,9% nos casos.
Esses números revelam a urgência de se abordar e enfrentar a questão da violência policial em Pernambuco, especialmente no que se refere ao recorte racial. A alta incidência de mortes de pessoas negras em decorrência de intervenções policiais é um reflexo do racismo estrutural arraigado na sociedade, que resulta em discriminação e desigualdade na aplicação da lei.
A denúncia e a conscientização sobre essa realidade são fundamentais para pressionar as autoridades competentes a adotar medidas efetivas para combater a violência policial e promover a igualdade racial. Além disso, é preciso investir em políticas públicas que combatam o racismo e garantam a segurança e a proteção dos cidadãos, independentemente de sua cor ou origem.