O advogado do partido A Liberdade Avança e representante da ação ao lado da irmã de Milei, Karina, mudou o discurso ao comparecer ao tribunal eleitoral. Ele alegou que a suposta “fraude colossal” denunciada anteriormente era, na verdade, um alerta para que as autoridades tomassem mais precauções durante a votação no domingo.
Ao se apresentar perante a corte eleitoral, ele afirmou que a intenção era “contribuir para a transparência e a legalidade das eleições”. No entanto, o Judiciário considerou que chamar a atenção para fatos que se enquadram em delitos criminais, como o roubo de votos, é considerado uma denúncia. Diante disso, os responsáveis pela ação foram convocados para ratificar a denúncia e pedir acesso às provas que estariam em seu poder, mas o advogado não apresentou quaisquer evidências corroborando as alegações.
A ação, que foi formalmente apresentada à corte eleitoral, denuncia uma “fraude colossal” na entrega das urnas à Gendarmaria Nacional, principal força de segurança do país. A falta de provas e de apresentação de evidências por parte dos responsáveis pela ação gerou um mal-estar entre os principais sócios políticos de Milei, como o ex-presidente Mauricio Macri e a ex-candidata presidencial Patricia Bullrich.
O recuo da campanha de Milei também pode ser explicado pelo fato de que a investigação preliminar segue aberta no tribunal, mas fontes próximas afirmam ser improvável que o caso avance. Em meio a este cenário de tensão política, as eleições na Argentina continuam a gerar polêmica e a destacar a disputa acirrada entre os candidatos. A repercussão negativa das alegações sem provas de fraude nas eleições demonstra a relevância e a atenção dedicada ao processo democrático no país.
