O PAM alertou que apenas cerca de 10% do total necessário de suplementos alimentares está chegando à Faixa de Gaza, devido à falta de combustível que paralisa desde a entrega dos alimentos até o funcionamento das padarias. Com a chegada do inverno, a crise apenas piora, pois a falta de combustível também afetou a geração de água potável devido à falta de energia para as usinas de dessalinização.
A diretora-executiva do programa, Cindy McCain, ressaltou que a situação é alarmante, com abrigos superlotados, falta de água potável e uma iminente crise de fome que coloca em risco a vida dos civis. Ela enfatizou a necessidade urgente de abrir mais uma passagem para a entrada de ajuda humanitária, já que a atual passagem não está atendendo às necessidades da população.
Além disso, a entrada de combustível em Gaza tem sido limitada, o que está afetando todos os aspectos da vida no enclave. Com hospitais, padarias, usinas de dessalinização e outras instalações essenciais suspensas devido à falta de energia, as condições em Gaza são extremamente precárias.
Segundo Same AbdelJaber, representante da ONU, a capacidade de fornecer alimentos e transporte para aqueles que precisam está gravemente comprometida, levando à paralisação da vida em Gaza. O colapso das cadeias de abastecimento alimentar é catastrófico, e muitas pessoas estão passando fome, recorrendo a medidas desesperadas, como consumir cebolas e berinjelas cruas.
A situação em Gaza é extremamente crítica e requer uma ação urgente para evitar uma catástrofe humanitária. Mais de 11 mil palestinos já morreram em Gaza desde o início da guerra entre Israel e Hamas, e a falta de ajuda humanitária adequada está contribuindo para essa tragédia. A criação de corredores humanitários para a passagem de agentes e entrada de ajuda humanitária é essencial para evitar mais mortes e sofrimento na região.