A demanda por medicamentos que ajudem no controle do peso é grande e os investimentos das empresas nessa área estão extremamente altos, com previsão de um mercado que deve atingir US$ 100 bilhões dentro de sete anos. O CEO da Pfizer, Albert Bourla, tem confiança de que os medicamentos em forma de pílula desempenharão um papel significativo, afirmando que “nem todo mundo gosta de injeções”. A AstraZeneca, por sua vez, prevê que uma pílula para perda de peso “democratizará” o acesso desses medicamentos, tornando-os disponíveis para mais pessoas e em países de baixos rendimentos.
Os medicamentos experimentais da Novo e Lilly, como Wegovy e Zepbound, têm mostrado potencialmente bons resultados, levando a perdas significativas de peso em pacientes durante ensaios clínicos. Porém, apesar dos benefícios, a preocupação em relação aos custos ainda é válida. A versão oral dos medicamentos geralmente não sairão mais baratos do que as injeções atualmente disponíveis. A Novo, por exemplo, comercializa uma versão em pílula do medicamento para diabetes, Rybelsus, por US$ 936. As versões mais recentes podem chegar a custar ainda mais: Wegovy – US$ 1349, Zepbound – US$ 1060 e Mounjaro – US$ 1023.
A Eli Lilly já estuda a possibilidade de disponibilizar uma pílula chamada Forglipron, a qual promete fornecer uma excelente perda de peso, sem restrições alimentares. A empresa está no caminho certo e vislumbra uma verdadeira vantagem competitiva em relação à Novo. Empresas como Pfizer, Viking Therapeutics e Structure Therapeutics também estão trabalhando no desenvolvimento de medicamentos para obesidade em sua forma de pílulas, trazendo esperança para aqueles que buscam soluções eficazes para o controle do peso.
Em suma, apesar das injeções terem desempenhado um papel significativo no mercado de medicamentos para perda de peso, as farmacêuticas estão investindo na criação de opções mais acessíveis e fáceis para os pacientes. A expectativa é que produtos mais acessíveis e com menos efeitos colaterais estejam disponíveis no mercado nos próximos anos. O processo de desenvolvimento e aprovação desses medicamentos geralmente é demorado, mas o foca ainda é considerado o início de uma nova era no tratamento da obesidade.