Segundo o presidente do fórum, os Estados Unidos, que é composto por 21 economias no total, incluindo Rússia e China, a inclusão do texto foi alvo de discordâncias entre os líderes. O presidente destacou que “alguns líderes se opuseram à inclusão deste texto” na declaração final, alegando que a Apec não seria um fórum para debater questões geopolíticas.
Embora a maioria dos membros da Apec tenha condenado veementemente a agressão contra a Ucrânia e destacado a necessidade de alcançar uma paz justa e duradoura com base nos princípios da Carta das Nações Unidas, incluindo a integridade territorial, a soberania e a independência política da Ucrânia, nenhum dos temas foi incluído na declaração final do fórum, que priorizou apenas promessas de cooperação econômica.
Durante a reunião, os Estados Unidos esclareceram no documento anexo que o bloco havia apenas “debatido pontos de vista sobre a crise atual em Gaza”. O ataque transfronteiriço realizado pelos combatentes do Hamas em outubro foi retaliado por Israel com uma campanha intensa que resultou em um grande número de mortos e reféns, segundo informações do próprio país.
A ausência do presidente da Rússia, Vladimir Putin, que possui um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional por ordenar a invasão da Ucrânia, também foi notada durante a reunião. Ele foi representado pelo vice-primeiro-ministro Alexei Overchuk.
A Apec, focada na cooperação econômica e no comércio, reúne países como a Indonésia, de maioria muçulmana, e os Estados Unidos, um dos principais aliados de Israel. No entanto, a divergência entre os líderes presentes dificultou a inclusão de questões geopolíticas na declaração final do fórum.
