Repórter Recife – PE – Brasil

Militares israelenses comandam evacuação de hospital na Cisjordânia durante operação noturna com membros do Crescente Vermelho rendidos.

Na sexta-feira, 17 de outubro, imagens que circularam nas redes sociais mostram médicos e pessoal de apoio do hospital Ibn Sina, em Jenin, deixando o local durante uma ação israelense. As fotos mostram os profissionais com as mãos para cima enquanto militares israelenses orientam a evacuação por alto-falantes durante a operação noturna.

A ação israelense na Cisjordânia ocorre desde a ofensiva do Hamas, que matou 1.200 pessoas e fez cerca de 240 reféns, de acordo com Israel. Durante essa ofensiva, o Exército de Israel tem bombardeado diariamente a Faixa de Gaza e mantido um cerco quase total ao território palestino. Além disso, intensificou as incursões na Cisjordânia, em particular na área de Jenin e em seu campo de refugiados.

A última incursão em Jenin resultou em 14 mortes de palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde. A ação foi a terceira grande ofensiva israelense na região em poucas semanas, o que causou preocupação e tensão na comunidade internacional. O cerco e os confrontos têm gerado críticas de organizações de ajuda humanitária, como a ONU e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Durante as operações na região, Israel informou que encontrou o corpo de uma mulher que havia sido sequestrada pelo Hamas, durante os ataques do dia 7 de outubro. O corpo da mulher, Judith Weiss, teria sido encontrado no Hospital al-Shifa, em Gaza. Segundo os militares, Weiss foi “assassinada por terroristas”. Outro corpo encontrado seria de Noa Marciano, de 16 anos, que veio a óbito na terça-feira.

Em meio a essas ações, órgãos internacionais e países como Jordânia e Catar condenaram a operação militar israelense. O premiê Benjamin Netanyahu afirmou que a ação visava localizar reféns mantidos pelo Hamas no hospital, apesar das preocupações com a proteção das instalações médicas pelas leis internacionais que regem conflitos armados.

A incursão no Hospital al-Shifa também gerou dúvidas e acusações entre as partes envolvidas, com o Exército israelense alegando ter encontrado armas e equipamentos militares no local, enquanto o Hamas e o diretor-geral do Ministério da Saúde negam as alegações. A situação na região continua envolta em tensão e incertezas, com repercussões tanto dentro do território palestino quanto internacionalmente.

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