Sarampo volta a assombrar o Brasil com risco de novos surtos e vacinação em queda, alertam especialistas.

O sarampo é uma doença altamente transmissível e infecto-contagiosa causada pelo vírus do sarampo, que faz parte do paramyxovirus do grupo morbillivirus. Em comparação com outras doenças, como catapora, Covid-19 e caxumba, o sarampo é mais contagioso. No entanto, no Brasil, a situação é controlada graças à implementação de um programa de vacinação bem estruturado que começa a administrar imunizantes em bebês a partir dos 12 meses de vida. Isso faz com que a taxa de mortalidade da doença não seja alta no país.

Em 2016, o Brasil recebeu um certificado de eliminação do sarampo, pois o vírus causador da doença não estava mais circulando. No entanto, a situação mudou a partir de 2018, quando surtos isolados voltaram a afetar os brasileiros, principalmente devido a falhas no programa de vacinação. Em 2020, foram registrados 8.448 casos confirmados e dez óbitos causados pelo sarampo, de acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

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Especialistas alertam para o risco de novos surtos de sarampo devido à queda nos índices de vacinação ao longo dos anos, um movimento agravado pela pandemia de Covid-19. O sarampo tem um grande potencial de gravidade, especialmente em crianças menores de 5 anos, pessoas desnutridas e imunodeprimidas. A incidência de casos no Brasil normalmente é resultado da importação do vírus de países europeus ou asiáticos.

O sarampo pode causar sintomas como febre alta, tosse, dor de cabeça, coriza, mal-estar e inflamação das vias respiratórias, com presença de catarro. Além disso, a doença pode levar a complicações graves, como pneumonia bacteriana e complicações neurológicas, resultantes da persistência do vírus no sistema nervoso central. O tratamento para o sarampo é, principalmente, de suporte, com foco na administração de analgésicos, antitérmicos e hidratação, e não existe um remédio específico para a doença.

A prevenção do sarampo é feita principalmente por meio da vacinação. A vacina tríplice viral deve ser aplicada em duas doses, aos 12 meses e aos 15 meses de idade, para proteger as crianças da doença. No caso de adultos, o Ministério da Saúde disponibiliza duas doses para menores de 30 anos e uma dose única para aqueles com menos de 40 anos. No entanto, onde há uma grande circulação da doença, a vacinação é feita em três doses, aos seis meses, 12 meses e 15 meses de vida da criança.

Portanto, a vacinação é fundamental para prevenir e controlar o sarampo, além de evitar um aumento nos surtos da doença. Infelizmente, a queda nos índices de vacinação tem sido uma preocupação, e é essencial que as autoridades de saúde pública incentivem a população a se vacinar contra o sarampo para proteger a si mesmos e à comunidade como um todo.

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