A grande variação de humor: os perigos do transtorno bipolar e seus impactos na saúde da população

O transtorno bipolar é uma condição crônica e sem cura que afeta cerca de 1% a 2.5% da população brasileira. Essa doença é caracterizada por fortes variações de humor, oscilando entre episódios depressivos e eufóricos, pormenorizados por períodos de estabilidade. Esses sintomas geralmente começam a manifestar-se entre jovens de 16 a 25 anos, mas também podem afetar crianças e pessoas mais velhas.

Existem dois tipos de transtorno bipolar, sendo o tipo 1 caracterizado pela presença de euforia, excesso de confiança, mania de grandiosidade e alucinações, enquanto o tipo 2 se manifesta através de uma depressão mais aguda e ao menos um episódio brando de euforia. As crises podem variar suas intensidades, afetando as sensações, ideias, emoções e comportamentos do indivíduo.

Os sintomas da bipolaridade incluem falta de prazer, alterações do sono e apetite, baixa energia, diminuição do desejo sexual, ideias de suicídio, humor expansivo, excitação, busca de coisas prazerosas, aumento considerável da atividade, diminuição da necessidade de sono e comportamentos impulsivos.

Pessoas com transtorno bipolar têm maior propensão a desenvolver diabetes e obesidade, além de apresentarem dificuldades cognitivas, como falta de concentração e dificuldade de foco no trabalho. Estudos indicam que pessoas bipolares vivem em média 12 anos a menos que a população em geral, principalmente devido a doenças cardiovasculares e alto índice de suicídios em casos não tratados.

O tratamento para o transtorno bipolar é feito com medicamentos de uso contínuo, como estabilizadores de humor, anticonvulsivantes e antipsicóticos, sendo necessário em alguns casos o uso de antidepressivos. Além disso, estratégias como psicoterapia, exercícios físicos, nutrição e psicoeducação também são indicadas para melhorar a qualidade de vida e o funcionamento das pessoas.

Não existe uma forma de prevenção para a bipolaridade, mas é recomendado que crianças filhas de pais com a doença recebam acompanhamento desde antes do aparecimento dos primeiros sintomas. Fatores genéticos, abusos e maus tratos na infância, estresse na idade adulta, abuso de álcool e drogas na adolescência, traumas emocionais e estresse ambiental são apontados como possíveis causas do transtorno bipolar.

É importante diagnosticar e tratar o transtorno bipolar o mais cedo possível, de modo a evitar o agravamento dos sintomas e a redução da qualidade de vida das pessoas afetadas por essa condição psiquiátrica.

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