Ataques israelenses deixam mais de 80 mortos em campo de refugiados de Jabaliya, na Faixa de Gaza.

Neste sábado, o campo de refugiados de Jabaliya, o maior da Faixa de Gaza, foi alvo de dois ataques israelenses que resultaram na morte de mais de 80 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas. O primeiro ataque aconteceu na escola Al Fakhura, administrada pela ONU e que abrigava pessoas deslocadas, deixando 50 mortos. As imagens que circulam nas redes sociais mostram corpos, alguns cobertos de sangue, no chão do prédio. Outro bombardeio atingiu um edifício do campo, resultando na morte de 32 pessoas da mesma família, incluindo 19 crianças.

De acordo com um funcionário do Ministério da Saúde, no início de novembro, mais de 200 pessoas morreram e centenas ficaram feridas em ataques israelenses em Jabaliya, durante uma série de bombardeios que durou três dias.

O campo de Jabaliya é o maior da Faixa de Gaza, onde mais de 80% dos habitantes são refugiados ou descendentes de refugiados que abandonaram suas casas em 1948 com a criação do Estado de Israel. A Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) administra 26 escolas e dois centros de saúde na região.

As vítimas desses ataques, que em sua maioria eram civis inocentes, trazem mais uma vez à tona a questão da escalada do conflito entre Israel e o Hamas. A comunidade internacional tem se manifestado sobre a situação em Gaza, pedindo o fim dos conflitos e a garantia de segurança para a população civil.

Esses ataques também reacendem o debate sobre a situação de vulnerabilidade dos palestinos em Gaza, onde ao menos 2,2 milhões correm risco imediato de morrer de fome. Além disso, a entrada diária de ajuda humanitária é insuficiente para suprir as necessidades da população. A autorização diária de apenas dois caminhões com combustível por parte de Israel contrasta com as necessidades reais da região, onde antes da guerra, entravam 50 caminhões por dia.

Enquanto isso, as lideranças políticas dos dois lados continuam a trocar acusações e promessas de retaliação, sem que uma solução pacífica e duradoura pareça estar próxima. A escalada da violência na região coloca em risco a vida de milhares de pessoas inocentes, que se veem presas em um ciclo interminável de ataques e contra-ataques.

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