“Todo dia tem uma maldade em cima de mim, a de ontem foi que estou perseguindo baleias. A única baleia que não gosta de mim na Esplanada é aquela que está no ministério, é aquela que diz que eu queria dar golpe, mas some com vídeos”, disse o ex-presidente em tom irônico.
O caso ganhou ainda mais destaque quando durante a CPI do 8 de janeiro, a comissão solicitou as imagens de câmeras de segurança internas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, mas Dino informou que elas haviam sido apagadas. Segundo o ministro, o contrato de prestação de serviço com a empresa responsável pela segurança da pasta “que monitora as imagens”, não prevê o armazenamento das filmagens por um longo período.
Diante desse cenário, o MPF resolveu investigar Bolsonaro. A procuradora Marília Soares Ferreira Iftim divulgou em comunicado oficial que vídeos e fotos publicados em redes sociais mostraram o momento em que a mota náutica, de motor ligado, chegou a 15 metros da baleia, que estava na superfície. Segundo a procuradora, as imagens identificam claramente uma única pessoa na moto náutica, que está pilotando e gravando um vídeo ao mesmo tempo. Ela atribui a identidade dessa pessoa, supostamente, ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
A declaração da procuradora demonstra a seriedade com que o caso está sendo tratado e aprofunda a investigação, que ainda precisa de melhor elucidação dos fatos. O envolvimento do ex-presidente em um episódio polêmico como esse pode trazer consequências sérias e a decisão do MPF mostra que a situação será tratada com rigor.
Esse episódio aumenta ainda mais a divisão e tensão políticas no país, levando a repercussões consideráveis e mantendo o foco das atenções sobre Jair Bolsonaro e os desdobramentos desse inquérito.
