Serra Talhada: uma cidade madrasta na preservação da história e identidade cultural.

Serra Talhada é uma cidade marcada pela ausência de preservação da história e do patrimônio arquitetônico municipal. O progresso chega de maneira avassaladora, como um vendaval que derruba prédios antigos ou os deixa abandonados, sem valorização de sua importância histórica.

O poeta e escritor, ex-presidente da Academia Serra-talhadense de Letras, Adelmo Santos, expressou a sua preocupação com a falta de preservação do patrimônio histórico da cidade. Para ele, Serra Talhada é uma cidade que não preserva a sua história, perdendo gradativamente a sua identidade e a sua memória.

Santos questiona o que foi feito com locais como o CIST, o Coreto, o Bar do Abrigo, o Cine Art e o Cine Plaza, ressaltando que a cidade está se tornando um local indesejável para os seus habitantes, levando muitos a deixarem o município e seguir em direção a outras regiões do Brasil.

Ele descreve a cidade como um lugar onde apenas na infância parecia bom, livre de preocupações e contas para pagar. Contudo, na vida adulta, a realidade se torna mais dura, com a necessidade de ter um padrinho para conseguir um emprego, evidenciando a falta de oportunidades e a concentração de poder e influência em poucas famílias da região.

Essa realidade também é associada aos tempos dos coronéis, com poucas famílias controlando o destino da cidade e políticos enganando o povo. A narrativa de Santos destaca a necessidade de preservar a história e o patrimônio de Serra Talhada, a fim de manter viva a identidade da cidade e resgatar a memória coletiva de seus habitantes.

Portanto, a reflexão do poeta e escritor ressalta a importância de se pensar no desenvolvimento da cidade sem abrir mão de sua história e identidade, trazendo a necessidade de valorização do patrimônio arquitetônico e cultural para que Serra Talhada não se torne uma cidade sem memória.

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