Segundo informações da agência estatal Télam, outras quatro pessoas haviam sido detidas na sexta-feira na cidade de Buenos Aires e nas províncias de Chaco e Córdoba. As ameaças foram feitas em diferentes redes sociais, preocupando Massa, que agradeceu a todos que manifestaram preocupação com sua família.
Javier Milei, o ultradireitista, é o adversário de Sergio Massa no segundo turno das eleições, marcado para este domingo. As eleições estão sendo as mais disputadas e polarizadas em 40 anos de democracia argentina. Na noite de sexta-feira, Milei recebeu vaias de muitos espectadores na apresentação de ópera a que assistiu no Teatro Colón de Buenos Aires.
O diretor do teatro, Jorge Telerman, repudiou o episódio, demonstrando solidariedade a Massa. Ele classificou as ameaças como inaceitáveis, assim como a presidente da Câmara dos Deputados, a governista Cecilia Moreau, que denunciou as ameaças anteriores na justiça.
As ameaças contra figuras políticas não são exclusivas da Argentina. No início de agosto, o candidato à Presidência do Equador, Fernando Villavicencio, foi assassinado com três tiros na cabeça após deixar um comício no auditório de uma escola em Quito. Um dos suspeitos pelo crime foi morto durante um tiroteio com a polícia, e a facção criminosa Los Lobos reivindicou a autoria do atentado.
Estes episódios de violência política geram grande preocupação na América Latina, especialmente em momentos eleitorais. A sociedade argentina aguarda ansiosamente o resultado das eleições e espera que a segurança dos políticos seja garantida, independentemente de orientação ideológica. As ameaças e atos de violência não condizem com o exercício democrático de um país. Ao garantir a segurança dos candidatos, também se garante a segurança do processo democrático como um todo.