Segundo turno da eleição presidencial argentina é marcado por crise econômica e polarização extrema.

Neste domingo, 19 de novembro, os argentinos comparecem às urnas para o segundo turno da eleição presidencial, em meio a uma disputa marcada pela grave crise econômica e um clima de extrema polarização. A disputa é entre o ministro da Economia, o peronista Sergio Massa, e o candidato libertário e de extrema direita Javier Milei, que buscam a liderança do país frente aos desafios de uma inflação de 143% em termos anuais e uma pobreza que afeta 40% da população.

As eleições ocorrem em uma atmosfera de tensão e polarização, com a população dividida entre a confiança na política tradicional representada por Massa e o medo em relação às ideias disruptivas de Milei. O cenário se reflete nas pesquisas mais recentes, que apontam um empate técnico entre os candidatos, com um setor importante que votará sem transparência ou em branco.

O candidato libertário, Milei, propõe medidas radicais, como a eliminação do Banco Central e a dolarização da economia para acabar com a emissão de dinheiro e a inflação. Enquanto isso, Massa defende um Estado “forte e protetor” e um sistema gradual para ajustar as contas do país.

Além disso, o país enfrenta um acordo de crédito desde 2018 com o Fundo Monetário Internacional (FMI) de 44 bilhões de dólares, bem como um sistema de controle cambial desde 2019. Massa promete revisar o empréstimo, enquanto Milei propõe cortar os gastos públicos em 15%, fazendo com que as propostas dos candidatos sejam extremamente divergentes.

A campanha eleitoral também foi marcada por profundas divisões políticas e um clima de tensão, após as denúncias do partido de Milei de uma suposta tentativa de fraude, que foi negada pelos dirigentes da legenda. Toda essa agitação política tem gerado um ambiente de incerteza, no qual muitos eleitores se sentem inseguros e desencantados, como afirmou Mariano Delfino, eleitor de 36 anos, na periferia de Buenos Aires.

Diante desse cenário, a expectativa é de que a eleição seja decidida voto a voto, refletindo a polarização intensa que tem marcado o país. Em meio a essa polarização, o futuro da Argentina é incerto, e a população aguarda com expectativa os resultados desse pleito, que terá impactos significativos na economia e na sociedade do país.

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