Dia da Consciência Negra: Mulheres negras debatem resistências atuais, reparação histórica e representatividade em live virtual.

Em comemoração ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, cinco mulheres negras se reuniram virtualmente para discutir as resistências negras no Brasil nos dias de hoje. O debate teve como objetivo incentivar a reflexão sobre os desafios da inclusão do povo negro na sociedade brasileira, a necessidade de reparação histórica, o fim da violência contra corpos negros e a representatividade negra em espaços de poder.

Participaram do encontro a professora e jornalista Rosane Borges, a diretora da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck, a fundadora e coordenadora de Captação de Recursos e Articulação Política do Instituto Odara da Mulher Negra, a historiadora Valdecir Nascimento, a jornalista do canal de TV por assinatura Globo News, Flávia Oliveira, e a mediadora Alane Reis, também jornalista e coordenadora do Programa de Comunicação do Instituto Odara.

Durante a discussão, as participantes enfatizaram que o racismo continua sendo uma questão central no Brasil e ressaltaram a importância de honrar a histórica luta do líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi. Elas destacaram a necessidade de inclusão dos negros em todos os aspectos da sociedade brasileira para que o país possa realmente se considerar uma nação.

A jornalista Flávia Oliveira defendeu que o Dia da Consciência Negra tem mais legitimidade do que o Dia da Abolição da Escravatura, instituído em 13 de maio, e ressaltou a importância de celebrar e reconhecer a luta do povo negro pela liberdade e pelos direitos.

Além disso, o debate abordou outras questões relevantes, como a homenagem a personalidades negras, a importância de indicar uma mulher negra para uma vaga de ministra no Supremo Tribunal Federal, as mortes de jovens negros e o assassinato de líderes quilombolas.

A fundadora do Instituto Odara da Mulher Negra, Valdecir Nascimento, questionou a hipótese de que o assassinato da líder quilombola Mãe Bernadete estaria relacionado ao tráfico de drogas, enfatizando a necessidade de considerar a motivação de racismo e intolerância religiosa.

Durante a live, dezenas de internautas se uniram às vozes das ativistas negras, compartilhando a importância do debate e agradecendo a iniciativa.

No geral, o encontro virtual proporcionou uma oportunidade para que as participantes pudessem expressar suas opiniões e compartilhar ideias sobre como promover a inclusão e a igualdade para o povo negro no Brasil. A discussão ressaltou a importância de dar visibilidade às questões enfrentadas pela comunidade negra e de continuar lutando por uma sociedade mais justa e igualitária para todos.

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