Participaram do encontro a professora e jornalista Rosane Borges, a diretora da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck, a fundadora e coordenadora de Captação de Recursos e Articulação Política do Instituto Odara da Mulher Negra, a historiadora Valdecir Nascimento, a jornalista do canal de TV por assinatura Globo News, Flávia Oliveira, e a mediadora Alane Reis, também jornalista e coordenadora do Programa de Comunicação do Instituto Odara.
Durante a discussão, as participantes enfatizaram que o racismo continua sendo uma questão central no Brasil e ressaltaram a importância de honrar a histórica luta do líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi. Elas destacaram a necessidade de inclusão dos negros em todos os aspectos da sociedade brasileira para que o país possa realmente se considerar uma nação.
A jornalista Flávia Oliveira defendeu que o Dia da Consciência Negra tem mais legitimidade do que o Dia da Abolição da Escravatura, instituído em 13 de maio, e ressaltou a importância de celebrar e reconhecer a luta do povo negro pela liberdade e pelos direitos.
Além disso, o debate abordou outras questões relevantes, como a homenagem a personalidades negras, a importância de indicar uma mulher negra para uma vaga de ministra no Supremo Tribunal Federal, as mortes de jovens negros e o assassinato de líderes quilombolas.
A fundadora do Instituto Odara da Mulher Negra, Valdecir Nascimento, questionou a hipótese de que o assassinato da líder quilombola Mãe Bernadete estaria relacionado ao tráfico de drogas, enfatizando a necessidade de considerar a motivação de racismo e intolerância religiosa.
Durante a live, dezenas de internautas se uniram às vozes das ativistas negras, compartilhando a importância do debate e agradecendo a iniciativa.
No geral, o encontro virtual proporcionou uma oportunidade para que as participantes pudessem expressar suas opiniões e compartilhar ideias sobre como promover a inclusão e a igualdade para o povo negro no Brasil. A discussão ressaltou a importância de dar visibilidade às questões enfrentadas pela comunidade negra e de continuar lutando por uma sociedade mais justa e igualitária para todos.