O meteorologista da Apac, Fabiano Prestrêlo, explicou as razões para essa mudança nos efeitos climáticos em Pernambuco, já percebidas há aproximadamente um mês. Segundo ele, a onda de calor é devida à atuação de um sistema meteorológico conhecido como anticiclone, um fenômeno que funciona como uma cúpula na média atmosfera e impede a formação de nuvens de chuva, permitindo que o sol aqueça cada vez mais a superfície e dificultando a dissipação do calor.
A situação não é exclusiva de Pernambuco. Na manhã da última terça-feira (14), Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, registrou uma sensação térmica de 58,5º C. De acordo com o Centro de Operações do Rio, a maior temperatura alcançada pelo termômetro por lá foi de 35,5º C.
Essa onda de calor precoce tem chamado a atenção dos especialistas, que alertam para os perigos do aumento das temperaturas, como insolação, desidratação e outras complicações à saúde. Além disso, o calor intenso pode provocar desconforto, irritação e problemas respiratórios em grande parte da população, especialmente em idosos, crianças e pessoas com problemas de saúde pré-existentes.
Assim, a população é encorajada a tomar precauções extras para lidar com a onda de calor, como manter-se hidratado, evitar a exposição ao sol nos horários mais quentes do dia, e buscar locais climatizados para se refrescar. A previsão é de que as altas temperaturas persistam nos próximos dias, exigindo atenção e cuidados redobrados por parte de todos.