O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) divulgou seu relatório anual sobre as emissões de gases de efeito estufa, destacando a necessidade urgente de aceleração da transição energética e o aumento nos cortes nas emissões pelas nações do G20.
O relatório aponta que a temperatura do planeta já aumentou 1,2°C acima dos níveis da era pré-industrial e evidencia a preocupação com a evolução perturbadora no número, velocidade e escalada dos registros climáticos quebrados.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, ressaltou a necessidade de esforços recordes, ações e reduções de emissões para enfrentar a crise climática, enfatizando a importância de reduzir o uso de combustíveis fósseis.
Segundo o PNUMA, esforços ambiciosos e urgentes são necessários de todos os países para reduzir o uso de combustíveis fósseis e o desmatamento. O relatório também observa a diferença entre as emissões que ainda serão lançadas na atmosfera, de acordo com os planos de descarbonização dos países, e o que a ciência indica como necessário para cumprir as metas do Acordo de Paris.
O Acordo de Paris, firmado em 2015, estabeleceu a meta de limitar o aquecimento global “muito abaixo” de +2°C e preferencialmente a +1,5°C. No entanto, o relatório destaca que as emissões globais deverão ser 28% inferiores ao que as políticas atuais sugerem para limitar abaixo de 2°C e 42% inferiores para o limite mais ambicioso de +1,5°C.
Os impactos da mudança climática serão catastróficos caso as promessas de redução de emissões não sejam cumpridas, alertam os cientistas. Países do G20, responsáveis por cerca de 80% das emissões, precisam intensificar seus esforços para enfrentar a crise climática.
A Organização Meteorológica Mundial constatou que os níveis dos principais gases de efeito estufa bateram recordes no ano passado, reforçando a urgência para a implementação de compromissos mais ambiciosos e a necessidade de atualização das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC) até 2025.
Mesmo diante de divisões políticas, o PNUMA se mostra otimista com a Conferência da ONU sobre mudanças climáticas (COP28), destacando que o meio ambiente não pode esperar e ações urgentes são necessárias para enfrentar a crise climática.
Portanto, a apresentação de planos de redução de emissões, a implementação de compromissos mais ambiciosos e ações efetivas são cruciais para evitar impactos catastróficos e garantir a sustentabilidade do planeta. O aumento da temperatura média global não pode ser ignorado, e o momento é de urgência para a adoção de medidas eficazes no combate às mudanças climáticas.