Esta é a terceira vez desde 25 de setembro que as comportas foram fechadas preventivamente, e a primeira vez que o sistema foi acionado desde 2015. A ameaça de cheias é atribuída ao recebimento de água de outros rios e ao alto volume de chuvas registrado em Porto Alegre este ano. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a cidade teve o terceiro inverno mais chuvoso desde 1961, com um total de 31 dias de chuva e uma precipitação total de 652,2 mm, acima da média sazonal de 435,5 mm.
As chuvas intensas no Rio Grande do Sul desde a última quarta-feira resultaram em quatro mortes e deixaram mais de 194 mil pessoas afetadas diretamente ou indiretamente em todo o estado, de acordo com a Defesa Civil estadual. Cento e trinta e oito cidades relataram danos e ocorrências diversas, com 63 pessoas feridas, 7.527 desalojadas e 2.653 desabrigadas.
As mortes incluem duas vítimas em Gramado devido a desmoronamentos e inundações e um homem em Vila das Flores arrastado por uma enxurrada para dentro do Rio da Prata. Além disso, o desabamento de um centro esportivo em Giruá matou uma pessoa e feriu cerca de 60. O governo estadual já distribuiu cestas básicas e água potável para as cidades afetadas e aprovou a liberação de R$ 60 milhões do Fundo Estadual de Defesa Civil para auxiliar os municípios atingidos por desastres naturais.
No contexto do Brasil, o Rio Guaíba e o Rio Grande do Sul como um todo enfrentam severas adversidades causadas por condições meteorológicas extremas que têm impactado diretamente a vida e segurança da população. Essa situação reforça a importância da prevenção e da prontidão das autoridades locais e estaduais para lidar com desastres naturais e proteger a vida humana e o bem-estar.