Já para 2024, a projeção para a inflação é de 3,91%, enquanto para 2025 e 2026, as estimativas apontam para 3,5% em ambos os anos. É importante destacar que a estimativa para 2023 está acima do centro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
De acordo com o CMN, a meta de inflação para 2023 é de 3,25%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o que coloca o limite inferior em 1,75% e o limite superior em 4,75%.
Segundo o último Relatório de Inflação do Banco Central, a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é de 67%. Além disso, a projeção do mercado para a inflação em 2024 também está acima do centro da meta prevista, estabelecida em 3%, porém ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
No mês de outubro, o aumento no preço das passagens aéreas impactou o índice de inflação, que atingiu 0,24%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em termos acumulados, a inflação deste ano atingiu 3,75%, enquanto nos últimos 12 meses alcançou 4,82%.
Outro fator relevante na projeção econômica é a taxa básica de juros, conhecida como Selic, que atualmente está definida em 12,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Em relação a isso, o Copom já realizou três cortes de 0,5 ponto percentual nas últimas reuniões, e há previsão de que esse ciclo de redução continue nos próximos encontros.
Quanto à expectativa para o crescimento da economia brasileira, as instituições financeiras reduziram de 2,89% para 2,85% a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. Já a previsão para a cotação do dólar está em R$ 5 para o final de 2023, e em R$ 5,05 para o término de 2024.
Dessa forma, essas projeções econômicas indicam um cenário de desafios e expectativas para a economia brasileira nos próximos anos, em meio a mudanças nas taxas de inflação, a política monetária e as perspectivas de crescimento do PIB.
