Chuvas atingem o Pantanal e amenizam incêndios, mas área de monitoramento é ampliada para rescaldo no Centro-Oeste.

As imagens fornecidas pelo Fire Information for Resource Management System (Firms), sistema de monitoramento de satélites da NASA, revelam que as chuvas recentes no Centro-Oeste extinguiram uma grande parte dos incêndios que devastavam o Pantanal. Os relatos apontam para uma situação crítica em relação às queimadas nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, mas as chuvas apagaram os focos, trazendo um alívio para a região do Parque Estadual Encontro das Águas e Parque Nacional do Pantanal.

No entanto, apesar da melhora momentânea, brigadistas do SOS Pantanal alertam que as chuvas foram pontuais, o que requer a continuidade dos monitoramentos na região. Em uma declaração à imprensa, um brigadista afirmou: “Não é uma previsão de chuvas persistentes, são chuvas pontuais e nesse momento é extremamente importante redobrar a vigilância para que os focos de calor, no menor sinal de interrupção dessas chuvas, retornem”.

Através do mapa fornecido pelo Firms, é possível visualizar que os focos de incêndio nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul foram drasticamente reduzidos, impactando apenas pontos isolados. Apesar de ainda existir a possibilidade de que nuvens estejam encobrindo focos restantes, a expectativa é de que o fogo tenha sido extinto.

Um novo incêndio foi iniciado por um raio no final de outubro e se alastrou pelos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, consumindo mais de 36 mil hectares. A região onde os incêndios estão ocorrendo é de difícil acesso, o que tem dificultado os esforços de combate.

Devido à gravidade da situação, o Governo Federal decidiu enviar mais 90 brigadistas para atuar no combate aos incêndios no Pantanal, totalizando 299 servidores federais na região. O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, confirmou o reforço, indicando que a situação é uma “crise grave” que demanda atenção.

Além disso, a onda de calor tem afetado a região, resultando na mortalidade de animais e prejudicando a fauna. Ninhos de tuiuius, um pássaro típico do Pantanal, e a “casa das onças” no Parque Estadual Encontro das Águas também foram afetados pelas chamas.

Portanto, apesar do alívio momentâneo trazido pelas chuvas, os desafios persistem no Pantanal, exigindo uma atenção contínua e esforços conjuntos para conter os incêndios na região. A situação requer vigilância e ação ativa para proteger a biodiversidade e os ecossistemas afetados.

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