Por outro lado, o Catar e os Estados Unidos, juntamente com o Egito, já haviam informado previamente que um acordo estava muito próximo, devido aos avanços nas negociações. Tanto o Hamas quanto Israel confirmaram essa evolução positiva, indicando que a libertação de parte dos cerca de 240 reféns sequestrados pelo grupo islâmico em um ataque em território israelense no início de outubro estaria próxima de ser concretizada.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, manifestou otimismo em relação ao desfecho das negociações, afirmando que o processo está muito próximo de se concretizar, embora tenha evitado entrar em detalhes. Da mesma forma, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condicionou qualquer cessar-fogo à libertação dos reféns, demonstrando disposição para que a situação seja resolvida.
Dentro disso, duas fontes próximas das negociações revelaram que o acordo em pauta prevê a libertação de 50 reféns em troca da soltura de 150 prisioneiros palestinos em Israel. O acordo também incluiria a entrada de comida, assistência médica e combustível em Gaza, além de uma trégua humanitária de cinco dias, buscando amenizar a situação precária em que se encontra a população da região.
Vale ressaltar que a guerra já forçou o deslocamento de quase 1,7 milhão dos 2,2 milhões de habitantes do território palestino, o que tem causado um estado de “tragédia” sanitária, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A organização alerta para a escassez de água e a falta de instalações sanitárias adequadas, criando um cenário de grave crise humanitária.
Portanto, as expectativas estão voltadas para a votação em Israel e para um desfecho positivo das negociações, visando a obtenção de um cessar-fogo que traga alívio imediato para a população de Gaza. A ajuda humanitária também é uma pauta urgente, diante das condições precárias em que se encontram os habitantes do território afetado pelo conflito.