Segundo o ex-presidente, é fundamental que os chefes de Estado da América do Sul busquem resolver seus problemas políticos por meio do diálogo, aprendendo a conviver com as diferenças e chegando a um entendimento mútuo. Lula ainda recordou a criação do Mercosul, em 1985, e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), em 2008, destacando que essas iniciativas foram marcos importantes para fortalecer o comércio na região.
Lula ressaltou o bom momento vivido pela América do Sul em um período de 16 anos, durante o qual a união regional se fortaleceu, mesmo com diferenças políticas e ideológicas entre os países. Ele citou a importância da Argentina como um país parceiro e lembrou que a relação bilateral com o Brasil foi priorizada já em seu primeiro ano como presidente, em 2003.
O ex-presidente também defendeu uma política externa mais ativa e altiva para o Brasil, enfatizando a importância da diplomacia brasileira. Ele encorajou os diplomatas a não perderem de vista suas origens e princípios, resistindo às pressões externas e mantendo a integridade e a dignidade.
Ao mencionar que não se compra honra e caráter em shopping, Lula destacou a importância de valorizar os princípios familiares e respeitar as crenças e ideais pessoais. Durante o discurso, o presidente chegou às lágrimas ao aconselhar os novos diplomatas, expressando seu orgulho pela diplomacia brasileira e incentivando-os a seguir seus princípios e ideais na carreira diplomática.
Além disso, Lula mencionou o exemplo do compromisso do Brasil na luta contra o racismo, citando a notícia sobre a manifestação da Advocacia-Geral da União (AGU) a favor de um plano nacional para combater o racismo, uma mostra do interesse do Brasil em defender seus valores e princípios tanto no âmbito nacional quanto internacional.