Acordo de liberação de reféns com o Hamas em Israel é estendido para sexta-feira, garante Conselho de Segurança Nacional

Após acordo, Israel anuncia libertação de reféns palestinos

O Conselho de Segurança Nacional de Israel anunciou, nesta quarta-feira (22), que nenhum refém será liberto antes desta sexta-feira. O anúncio ocorre após Israel aprovar um acordo para a libertação dos capturados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro, em troca de um cessar-fogo de quatro dias em Gaza e da libertação de 150 prisioneiros palestinos, priorizando mulheres e crianças.

A decisão foi revelada por Tzachi Hanegbi, chefe do Conselho de Segurança Nacional, que garantiu que o estágio de libertação do acordo de cessar-fogo com o Hamas prosseguiria como planejado e que a primeira parcela de reféns israelenses seria libertada na sexta-feira. Hanegbi, no entanto, afirmou que a liberação poderia começar apenas na quinta-feira, quando começa a trégua.

O anúncio também ocorreu após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmar em uma coletiva de imprensa que a Cruz Vermelha seria autorizada a entrar em Gaza para visitar os reféns que ainda aguardam ser liberados. Entretanto, a Cruz Vermelha havia emitido um comunicado na manhã desta quarta-feira, afirmando que não foi informada sobre os planos, os quais envolvem diretamente seu pessoal.

O Primeiro-ministro também afirmou que a guerra contra o Hamas continua, apesar da trégua. O Exército está se preparando para a implementação do acordo, descrevendo-o como um “processo complexo que pode levar tempo” e que envolve várias etapas. Os próximos dias serão “repletos de momentos de alívio e momentos de dor”, disse o porta-voz das Forças Armadas de Israel, Daniel Hagari, alertando que também podem incluir “tentativas de realizar terror psicológico, direcionado contra nós pelas organizações terroristas”.

Na madrugada desta quarta-feira, Israel aprovou um aguardado acordo de cessar-fogo temporário com o Hamas. O principal aspecto da negociação, mediada pelo Catar, foi a liberação imediata de reféns capturados pelo grupo terrorista no ataque de 7 de outubro. Hamas e Israel afirmaram que apenas mulheres e menores serão incluídos na troca. Em contrapartida, o Ministério da Justiça de Israel divulgou uma lista com os nomes de 300 prisioneiros palestinos detidos no país, para uma espécie de consulta pública, a fim de ouvir a população sobre impedimentos a liberação deles. Os 150 primeiros presos liberados devem sair desta lista após as contestações. A decisão agradou familiares dos prisioneiros, que celebraram a esperada libertação. A trégua é vista com esperança por ambos os lados, mas é importante ressaltar que a tensão ainda é muito alta na região, e que os desdobramentos do acordo devem ser acompanhados de perto.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo