De acordo com informações da AFP, a decisão argentina de retirar a candidatura expressou um novo giro na votação programada para a próxima sexta-feira. Esta votação é de extrema importância, já que o próximo presidente do conselho executivo representará a América Latina e o Caribe no período de 2023-2025. Isso ganha ainda mais destaque diante da iminente sucessão da atual diretora da Unesco, a francesa Audrey Azoulay, que deixará o cargo no final de 2025.
Até a surpreendente eleição de Javier Milei como presidente da Argentina, Marcela Losardo contou com o apoio de várias chancelarias. No entanto, a retirada de sua candidatura deixou campo aberto para a argentina Vera El-Khoury Lacoeuilhe, cuja única oponente era da pequena ilha caribenha de Santa Lúcia. No entanto, o apoio de Lacoeuilhe, o bilionário Gilbert Chagoury, gerou controvérsias devido a questões legais.
Além disso, a eleição de Milei, conhecido por suas posições ultra-liberais, criou um cenário que impossibilitou a vitória de Losardo. Isso se deve ao fato de que suas posições em relação a questões como o aborto e a mudança climática são opostas ao que a agência da ONU para Educação, Ciência e Cultura defende. Em meio a este cenário, a França anunciou seu apoio incondicional à candidatura brasileira após a retirada da candidatura argentina.
Esses desdobramentos recentes colocam o Brasil no centro das atenções dentro do cenário político global. A incerteza e a imprevisibilidade marcaram este processo político em constante evolução. Resta aguardar para saber como os próximos acontecimentos irão se desenrolar e qual a repercussão internacional dessa movimentação.461
