Repórter Recife – PE – Brasil

As duas mentes que habitam o cérebro: a emocional e a racional – como agir em situações de desequilíbrio?

Um cérebro composto por duas mentes. É isso que a ciência nos ensinou. O lóbulo direito é o responsável pelas sensações espontâneas, como o riso, o choro e a tristeza, sem qualquer esforço racional, é a mente emocional. Enquanto isso, o hemisfério esquerdo domina a linguagem, a palavra e os mecanismos automáticos do corpo humano, constituindo a mente racional.

Essas duas mentes interligadas por circuitos neurológicos, em geral vivem em equilíbrio, com a emoção alimentando e informando, e a mente racional refinando e, eventualmente, vetando a entrada de emoções que possam causar danos, quer seja morais ou materiais.

Esse equilíbrio é crucial, já que, quando desfeito, é a mente emocional que assume o comando. Como disse o humanista francês Blaise Pascal, quando as paixões existem, os resultados são imprevisíveis.

É importante distinguir a paixão cega, inconsequente e danosa da paixão do amor, do querer bem e de sentir o mundo de forma mais vívida. No entanto, somente a pessoa pode fazer essa distinção, já que ninguém pode intuir por você.

Apesar de não estar catalogada em qualquer dos hemisférios cerebrais, a intuição existe e é importante observá-la. Ela é como um anjo da guarda, blindada divinamente contra os vícios e as fraquezas do mundo plástico das coisas.

Analisar e interpretar os sinais da intuição são recursos valiosos para combater possíveis malefícios. Apesar dos sinais serem transparentes, já que o intuitivo age de forma visceral, como deixar de se alimentar ou sentir dores estomacais ou cefaleias, transformar esses avisos em ação é uma tarefa desafiadora. Isso se complica ainda mais quando a reação típica ao desejo atrapalha a capacidade de pensar.

O impulso da excitação dificulta a capacidade de refletir calmamente sobre um determinado assunto. E quando vemos algo que queremos, uma agitação física tem início, principalmente em casos que envolvem competição. É nesse momento que se deve estar atento, já que as paixões podem tomar o controle.

Portanto, é essencial não permitir que as paixões sejam maiores que o controle próprio. A transformação dos avisos em ação é um desafio constante, mas que, uma vez superado, reforça o equilíbrio entre a mente emocional e a mente racional. Somente assim é possível tomar decisões embasadas e conscientes.

Sair da versão mobile