Exército israelense exibe túneis do Hamas em complexo de hospital destruído em Gaza em visita de jornalistas.

O exército israelense levou jornalistas para uma visita no complexo hospitalar Al Shifa, localizado em Gaza, que havia sido destruído por bombardeios. A justificativa dada pelo exército para a destruição do complexo médico foi a presença de armas do movimento islâmico Hamas e um centro de comando no local, algo que o Hamas negou.

Os jornalistas presentes na visita testemunharam uma paisagem urbana em ruínas, com fios elétricos à mostra e vidros quebrados. Além disso, puderam observar um túnel estreito que, segundo o comandante da 7ª brigada do exército israelense, Elad Tsury, ia do hospital até a cidade. A presença desse túnel, segundo o militar, serviria para comprovar que os combatentes do Hamas usavam os hospitais como escudos humanos para se protegerem.

No entanto, os jornalistas não tiveram permissão para visitar o resto da instalação hospitalar, tendo sido impedidos de ver outras áreas do complexo. A visita foi organizada enquanto Israel e o Hamas anunciavam um acordo de liberação de reféns e uma trégua de quatro dias, em meio à guerra entre as duas partes que já havia provocado a morte de pelo menos 1.200 pessoas na Faixa de Gaza, a maior parte delas civis.

De acordo com autoridades israelenses, o Hamas teria retido 240 reféns em Gaza, enquanto o governo do Hamas alega que mais de 14.000 pessoas morreram devido aos bombardeios israelenses no território. Os confrontos tiveram início após um ataque por parte do Hamas a partir de Gaza em solo israelense. Em resposta, Israel iniciou um bombardeio e uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza.

A visita dos jornalistas ao hospital Al Shifa aconteceu em meio a um cenário de tensões e confrontos entre Israel e o Hamas, com a tentativa de mediação de um acordo para encerrar a violência. A presença dos jornalistas no local foi coordenada pelo exército israelense, que monitorou todas as informações fornecidas pelos repórteres. A intenção de Israel ao convidar os jornalistas para a visita seria de evidenciar a presença de armas e um túnel do Hamas no complexo médico destruído.

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