Segundo as forças israelenses, o incidente com o míssil de cruzeiro ocorreu na cidade portuária de Eilat, no sul do país — que já foi alvo de ataques vindos de Gaza e do Iêmen, onde atuam os rebeldes Houthi. “Após o relatório sobre a infiltração de uma aeronave hostil na área da cidade de Eilat, um caça da IAF [Força Aérea de Israel] interceptou com sucesso um míssil de cruzeiro que foi lançado em direção a Israel. Não foi identificada nenhuma infiltração em território israelense”, declararam as forças israelenses em uma postagem no Telegram.
O míssil de cruzeiro interceptado é mais avançado e poderoso do que os milhares de foguetes lançados pelo Hamas e pelo Hezbollah desde o início da guerra. Ele tem capacidade de transportar uma grande ogiva por longas distâncias e atingir alvos em terra ou no mar com alta precisão. Sirenes de alerta de ataques aéreos também foram acionadas em várias partes de Israel, especialmente em áreas próximas à fronteira com a Faixa de Gaza e com o Líbano.
Uma fonte do Hezbollah afirmou que o grupo não fez parte das negociações de cessar-fogo temporário, mas iria aderir à trégua acordada entre o Hamas e Israel na terça-feira. O secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, se reuniu nesta quarta com representantes do Hamas.
Desde o início da guerra Israel-Hamas, o grupo extremista libanês Hezbollah abriu uma frente do conflito na fronteira entre o sul do Líbano e o norte de Israel em apoio ao Hamas. Os confrontos na região já mataram cerca de 70 combatentes do Hezbollah e 10 israelenses. O Exército libanês negocia paralelamente com o Hezbollah para cessar as hostilidades com Israel no território do país.
Enquanto a paz negociada não acontece, as Forças Armadas de Israel declararam ter atingido alvos do Hezbollah dentro do território libanês, incluindo infraestruturas militares. A situação de tensão na região segue exigindo atenção e intervenção internacional para buscar uma solução duradoura (Com agências internacionais).