Segundo Zema, as negociações para a federalização estão avançando e ele se mostrou otimista com a possibilidade. Após as reuniões realizadas no Senado e no Ministério da Fazenda, o governador afirmou estar bastante satisfeito e acredita que, após décadas, os estados endividados, incluindo Minas Gerais, finalmente terão uma solução definitiva para a questão da dívida bilionária.
Em relação à empresa local de energia, Cemig, Zema declarou que nada está definido. O secretário de Fazenda de Minas Gerais, Gustavo Barbosa, esclareceu que a escolha das empresas a serem federalizadas depende de negociações com o Tesouro Nacional, mas que todos os ativos do estado estão disponíveis para a negociação.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, é o autor da proposta que permite que o governo mineiro ceda à União participações acionárias em empresas como Cemig, Copasa e Codemig como alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal. Em troca, o estado poderia recomprar as ações em 20 anos. Pacheco enfatizou que a proposta busca utilizar os ativos que o estado dispõe para quitar a dívida, em vez de empurrar o problema para daqui a nove anos.
Atualmente, a dívida de Minas Gerais com a União está estimada em R$ 160 bilhões. No ano passado, o Tesouro Nacional autorizou a adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal, que prevê o parcelamento da dívida em troca de medidas de equilíbrio das contas locais, inclusive com a privatização de estatais. O Regime de Recuperação Fiscal previa a suspensão do pagamento das parcelas por nove anos, enquanto ocorreria um programa de controle de gastos.
Essa proposta traz esperança para Minas Gerais encontrar uma solução para sua dívida bilionária e lidar com as pressões econômicas que o estado enfrenta. A federalização das empresas estatais e a negociação para quitar a dívida são passos importantes nesse sentido. O governo federal também desempenhará um papel crucial nesse processo, ditando as regras do Regime de Recuperação Fiscal e participando das discussões técnicas.
