Dos sete componentes analisados, cinco tiveram resultados positivos em relação a outubro. Destaque para a avaliação sobre o acesso ao crédito, que teve um aumento de 0,4%. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destacou que, apesar da queda dos juros trazer um impulso positivo às condições de acesso ao crédito, a preocupação com a inadimplência e a redução do crédito no mercado impactaram negativamente o indicador.
A pesquisa também apontou que mais de um terço dos consumidores relataram dificuldade para obter crédito, o que demonstra uma delicada balança entre oportunidade e restrição neste contexto econômico, segundo Tadros.
Dois componentes tiveram queda: perspectiva profissional (-0,5%) e perspectiva de consumo (-0,9%). Por outro lado, na comparação com novembro do ano anterior, a ICF teve um aumento de 17,9%, com resultados positivos para todos os componentes, incluindo emprego atual (10,3%), renda atual (17,5%), nível de consumo atual (23,5%), perspectiva profissional (11,6%), perspectiva de consumo (24%), acesso ao crédito (7,5%) e momento para a compra de bens duráveis (51,1%).
Esses dados refletem um cenário econômico complexo, com sinais mistos em relação às condições de consumo das famílias. A estabilidade da ICF, mesmo com resultados positivos em alguns componentes, mostra a cautela dos consumidores em meio às incertezas do mercado.
A pesquisa destaca que a retomada econômica ainda é marcada pela preocupação com a inadimplência e a redução do crédito disponível, mesmo com a queda dos juros. Isso revela um panorama que exige prudência e análise cuidadosa por parte dos consumidores e também dos agentes econômicos.