Israel e Hamas anunciam acordo para libertação de reféns e trégua de quatro dias na Faixa de Gaza, beneficiando principalmente adolescentes.

Após um acordo entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas, a maioria dos palestinos que estão prestes a ser libertados são adolescentes. O acordo, anunciado nesta quarta-feira, estabelece a libertação de pelo menos 50 reféns do Hamas em troca de 150 presos palestinos e uma trégua de quatro dias na Faixa de Gaza.

A primeira fase prevê a libertação de 50 reféns israelenses e 150 presos palestinos em um período de quatro dias. Essas trocas podem ser seguidas por outras na mesma proporção de três para um. Israel divulgou uma lista contendo os nomes de 300 presos palestinos que poderiam ser liberados, entre eles 33 mulheres, 123 adolescentes e 144 homens com cerca de 18 anos.

O mais jovem dos detidos é Adam Abuda Hasan Gheit, de 14 anos, enquanto a mais velha é Hanan Salah Abdallah Barghuti, de 59 anos. A lista apresenta também a afiliação dos detidos, onde 49 são membros do Hamas, 60 do Fatah e 17 pertencem à Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP). Em relação às prisões, a organização israelense de direitos humanos Hamoked considerou o acordo “duplamente bem-vindo”, apesar de achar que a tomada de reféns é ilegal e um crime de guerra.

Segundo a diretora-executiva da Hamoked, Jessica Montell, a maioria dos presos palestinos que provavelmente serão soltos está à espera de julgamento, sendo que alguns deles foram detidos sem acusações ou julgamento. A presença de mulheres e adolescentes detidos sem acusações ou julgamento é destacada, uma vez que isso ocorre no marco de uma prisão administrativa, que ocorre sem que as autoridades israelenses apresentem acusações contra eles. Desta forma, a Hamoked considera que “um acordo para libertar reféns israelenses e presos administrativos palestinos é duplamente bem-vindo”.

O acordo entre Israel e Hamas é um tema de destaque atualmente, ganhando atenção e análises de diferentes partes interessadas. A expectativa é que a trégua de quatro dias na Faixa de Gaza e a libertação dos reféns e presos palestinos possam representar um novo capítulo nas relações entre os dois lados e no conflito que tem afligido a região há tanto tempo.

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