Em sua declaração, Netanyahu afirmou que o governo de Israel está comprometido em trazer todos os sequestrados para casa. O acordo prevê a libertação de mulheres e crianças, que serão libertadas ao longo de quatro dias, com a possibilidade de mais reféns serem soltos, dependendo dos avanços das negociações. Além disso, o Hamas concordou em permitir a entrada de ajuda humanitária e médica, além de combustíveis, em todas as áreas da Faixa de Gaza.
A nota do Hamas também detalha as condições do cessar-fogo, que proíbe movimentações militares dos dois lados e restringe o tráfego aéreo no Sul da Faixa de Gaza. Enquanto isso, o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, afirmou que eles estão perto de alcançar um acordo para uma trégua, confirmando o otimismo do Catar, que antecipou que os negociadores nunca estiveram “tão perto de um acordo”.
No entanto, o governo israelense está enfrentando pressões internas para acelerar as negociações e conseguir a libertação dos reféns. Partidos da coalizão que permite a Netanyahu estar no poder manifestaram-se contrários ao acordo com o Hamas. O partido de ultradireita Sionismo Religioso chegou a dizer que a proposta é ruim para a segurança de Israel. Enquanto a legenda de extrema-direita Otzma Yehudit afirmou que um acordo com reféns poderia trazer um desastre para o Israel.
Porém, a líder do Partido Trabalhista, Merav Michaeli, afirmou que a legenda, que faz oposição ao governo Netanyahu, apoiaria o acordo. Independentemente das pressões políticas, o acordo de paz temporário em Gaza representa um alívio para a população da região, que vem sofrendo com a destruição causada pelos ataques incessantes. Embora a trégua não seja um acordo de paz definitivo, pode ser o primeiro passo para negociações futuras entre os grupos. Netanyahu, por sua vez, reforçou o compromisso de trazer os sequestrados de volta em segurança, além de reiterar que Israel continuará em guerra até atingir todos os objetivos.