Morte no Presídio da Papuda: Causas naturais ou negligência? Defesa busca esclarecimentos sobre óbito de acusado dos atos de 8 de janeiro.

Preso acusado de atos golpistas morre na Papuda e defesa alega morte por causas naturais

O caso do falecimento de Cleriston Pereira da Cunha, acusado pelos atos golpistas do 8 de janeiro, ainda está gerando repercussão, principalmente após a defesa do acusado informar que a causa do óbito está sob investigação pela Polícia Civil do Distrito Federal. A informação veio por meio de uma petição enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e surge após o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, afirmar que tudo indica que a morte de Cleriston ocorreu por “causas naturais.

O advogado Bruno de Azevedo de Sousa, responsável pela defesa, garante que apresentará o laudo do Instituto Médico Legal (IML) ao Supremo, após o mesmo ficar pronto. Segundo o advogado, a certidão atual afirma que a causa da morte ainda está em apuração. Além disso, a defesa solicitou ao ministro Alexandre de Moraes informações detalhadas sobre a morte de Cleriston, imagens das câmeras de segurança do presídio e um relatório completo do atendimento médico prestado. Bruno de Azevedo também busca a restituição do celular do acusado, que foi apreendido durante as investigações.

Na abertura da sessão do Supremo, Barroso lamentou a morte de Cleriston Pereira e reforçou que a morte se deu por “causas naturais”. A vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal comunicou a morte do preso ao gabinete de Alexandre de Moraes, informando que o falecimento se deu por “mal súbito”. A hipótese sobre a morte ter ocorrido por causas naturais, no entanto, não consta no documento enviado ao Supremo.

Antes de falecer, a defesa de Cleriston pediu liberdade ao ministro Alexandre de Moraes com base em questões humanitárias, devido ao quadro de saúde do acusado, que segundo o advogado Bruno Azevedo, tinha sequelas da covid-19 e problemas cardíacos. Mesmo com um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) favorável à soltura, o pedido foi negado.

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