Taxação de fundos exclusivos e de investimentos no exterior é aprovada pela CAE e segue para o Plenário do Senado.

Na última quarta-feira (22), a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou a taxação dos fundos exclusivos e de investimentos no exterior, um projeto de lei (PL 4.173/2023) de autoria da Presidência da República. O relatório favorável foi feito pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE) e incluiu uma emenda do senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) como parte de um acordo para a votação da matéria. Agora, o projeto segue para análise do Plenário do Senado.

Ao defender a proposta, Alessandro Vieira destacou que ela representa um avanço em termos de justiça tributária, apesar de a taxação dos lucros nesses investimentos em fundos fechados e offshore ficar em 15%, abaixo da carga tributária dos assalariados, que pode chegar a 27,5%. Ele ressaltou a importância de garantir que os investidores paguem sua parcela justa de impostos, contribuindo assim para o equilíbrio e a sustentabilidade fiscal do país.

O PL 4.173/2023 faz parte do pacote do governo para zerar a meta fiscal em 2024 e já foi aprovado pela Câmara dos Deputados. No entanto, caso o Senado faça modificações no texto, o projeto precisará retornar para análise dos deputados, o que pode prolongar o processo de aprovação.

A discussão sobre a taxação de fundos exclusivos e de investimentos no exterior tem gerado debates acalorados entre parlamentares e especialistas do setor financeiro. Enquanto alguns defendem a medida como uma forma de aumentar a arrecadação e garantir mais justiça tributária, outros argumentam que ela pode afastar investidores e prejudicar a competitividade do Brasil no cenário internacional.

Diante da aprovação na CAE, a expectativa agora é pela votação no Plenário do Senado, onde o projeto seguirá sendo debatido antes de uma decisão final. Ainda não há previsão para a análise da matéria, mas o tema promete continuar sendo destaque nas discussões políticas e econômicas nas próximas semanas. O desfecho dessa medida terá impactos significativos no mercado financeiro e na arrecadação do país, por isso é importante acompanhar de perto os desdobramentos a respeito do PL 4.173/2023.

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