Brasil propõe reforma de instituições multilaterais na presidência do G20 para promover reglobalização sustentável.

O Brasil pode ganhar destaque global ao assumir a presidência do G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, a partir de 1º de dezembro. Durante um ano, o país terá a oportunidade de propor reformas em instituições multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e a Organização Mundial do Comércio (OMC). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou a importância da presidência brasileira no G20, afirmando que ela será uma oportunidade para promover uma “reglobalização sustentável” e uma transição energética no planeta.

As declarações foram dadas durante a reunião no Palácio do Planalto para a instalação da Comissão Nacional do G20. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também participou do evento, ressaltando que o G20 se tornou o principal fórum de discussões entre os países diante da crise em organizações multilaterais tradicionais. Segundo Haddad, os países precisam buscar entendimento para evitar a fragmentação da economia global, defendendo uma nova globalização que coloque questões socioambientais no centro das preocupações.

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O ministro criticou a globalização das décadas de 1990 e 2000, apontando que resultou na concentração de renda, diferenças de desenvolvimento entre os países e na mudança climática. Ele reforçou a importância de uma nova abordagem para a globalização, que seja socioambiental. Além disso, Haddad destacou que o Brasil tem a oportunidade de pautar a economia mundial nos próximos 12 meses, atendendo aos interesses do país, da América Latina e do Sul Global.

Haddad admitiu que a concretização das promessas enfrentará dificuldades, mencionando conflitos, guerras, protecionismo de países ricos e crises climáticas. Ele ressaltou ainda as prioridades do Ministério da Fazenda na presidência do Brasil no G20, incluindo a defesa de uma tributação internacional justa e ações para coibir a evasão fiscal, bem como um esforço para resolver a dívida externa de países pobres.

Em resumo, a presidência do Brasil no G20 representa uma oportunidade única para o país influenciar as discussões e decisões globais, promovendo uma nova abordagem para a globalização que leve em consideração questões socioambientais e a busca por um ambiente econômico mais equitativo. O desafio, no entanto, será enfrentar as dificuldades e resistências para concretizar as propostas e reformas.

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