Apesar do sucesso do lançamento, o Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul informou que é cedo para afirmar se o satélite está funcionando corretamente. Além disso, destacou que a Rússia forneceu informações ao Norte após a reunião entre Kim Jong Un e o presidente Vladimir Putin em setembro.
O lançamento do satélite levou a Coreia do Sul a suspender parcialmente um acordo militar de 2018 para reduzir as tensões e mobilizar “equipes de vigilância e reconhecimento” na fronteira. A decisão foi considerada “temerária” pelo Ministério da Defesa da Coreia do Norte, que anunciou a suspensão completa do acordo e o reforço de suas posições militares fronteiriças.
Além disso, o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul relatou que a Coreia do Norte lançou um míssil balístico na quinta-feira, mas o disparo falhou. Yang Moo-jin, reitor da Universidade de Estudos Norte-Coreanos, afirmou que o lançamento do míssil balístico é um presságio do que está por vir.
O governo dos Estados Unidos classificou o lançamento do satélite como uma violação das resoluções da ONU, que impedem Pyongyang de desenvolver tecnologia balística.
A Coreia do Norte insistiu que o lançamento do satélite está incluído em seu “direito à autodefesa” e minimizou a resposta de Seul como “extremamente histérica”. O país acusou a Coreia do Sul de colocar o acordo em perigo ao intensificar as provocações militares.
A agência estatal norte-coreana anunciou que o satélite iniciará a missão formal de reconhecimento em 1º de dezembro. Este satélite de espionagem operacional permite à Coreia do Norte melhorar sua capacidade de obter informações, principalmente da Coreia do Sul, e de obter dados cruciais em um eventual conflito, de acordo com analistas.