Durante a audiência pública, ficou evidente que, apesar de uma lenta mudança no protagonismo das mulheres negras, os desafios persistem. A falta de representatividade, a violência física e simbólica, a dificuldade de acesso a oportunidades e a invisibilidade perante as políticas públicas foram alguns dos pontos enfatizados pelos participantes.
Segundo dados apresentados durante o debate, as mulheres negras enfrentam uma série de obstáculos que vão desde o mercado de trabalho até a garantia de seus direitos básicos. A interseccionalidade entre gênero e raça amplia as desigualdades e torna as mulheres negras mais vulneráveis a situações de violência e discriminação.
Diversos especialistas e representantes de movimentos sociais ressaltaram a importância de políticas de enfrentamento à violência de gênero e raça, que levem em consideração as diferentes realidades vividas pelas mulheres negras. É fundamental que haja uma abordagem específica e sensível às questões raciais e de classe, visando a promoção da igualdade e o combate ao racismo estrutural que permeia a sociedade brasileira.
Além disso, a necessidade de fortalecer a rede de proteção e acolhimento às mulheres negras vítimas de violência foi ressaltada como uma medida urgente e imprescindível. É fundamental que essas mulheres se sintam amparadas e apoiadas para denunciar situações de violência e buscar ajuda, garantindo que seus direitos sejam assegurados.
Diante desse cenário, a discussão promovida na Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher se mostrou relevante e oportuna. É necessário que a sociedade e os órgãos governamentais estejam atentos à necessidade de promover a igualdade e o respeito às mulheres negras, garantindo que elas tenham voz e protagonismo na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva para todos.