A marcha, realizada em um trecho do Malecón, contou com a participação de mais de 100.000 havaneses, de acordo com informações do Ministério do Interior. Durante quase uma hora e sob um sol intenso, os manifestantes empunharam bandeiras palestinas e cartazes com mensagens como “Palestina Livre” e “Não ao genocídio. Viva a Palestina”.
A jovem Cristina Díaz, de 22 anos e estudante de física na Universidade de Havana, enfatizou que “a reivindicação dos jovens cubanos nesta marcha é que cesse o fogo sobre a Palestina”. Ela demonstrou sua preocupação com a situação e deixou claro que a comunidade internacional precisa intervir para acabar com o conflito.
A manifestação aconteceu no mesmo dia em que Eamon Gilmore, relator de direitos humanos da União Europeia, fez uma visita à ilha, o que demonstra um claro posicionamento político do governo cubano em relação à situação no Oriente Médio.
À medida que os manifestantes passavam em frente à embaixada dos Estados Unidos, que apoia Israel, eles entoaram palavras de ordem como “ianque fascista, você é terrorista”, reforçando o repúdio à posição dos EUA no conflito.
Essa foi a maior manifestação organizada em Cuba desde o início do conflito desencadeado pelo ataque do movimento islamista Hamas em solo israelense no início do mês, que já deixou milhares de mortos e sequestrados, segundo as autoridades israelenses.
Nas últimas semanas, Havana e outras províncias do país já registraram marchas e concentrações similares em solidariedade aos palestinos. O governo e a população cubana seguem demonstrando seu apoio à Palestina e sua oposição à postura dos EUA e de Israel no conflito.