Presidente de Cuba lidera marcha multitudinária em Havana em solidariedade aos palestinos e critica apoio dos EUA a Israel.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, liderou nesta quinta-feira (23) uma marcha em Havana em solidariedade aos palestinos, na qual se destacaram críticas a Washington por seu apoio a Israel. A manifestação foi convocada pela juventude comunista cubana e contou com a presença de seu primeiro-ministro Manuel Marrero e a esposa de Díaz-Canel, Lis Cuesta.

A marcha, realizada em um trecho do Malecón, contou com a participação de mais de 100.000 havaneses, de acordo com informações do Ministério do Interior. Durante quase uma hora e sob um sol intenso, os manifestantes empunharam bandeiras palestinas e cartazes com mensagens como “Palestina Livre” e “Não ao genocídio. Viva a Palestina”.

A jovem Cristina Díaz, de 22 anos e estudante de física na Universidade de Havana, enfatizou que “a reivindicação dos jovens cubanos nesta marcha é que cesse o fogo sobre a Palestina”. Ela demonstrou sua preocupação com a situação e deixou claro que a comunidade internacional precisa intervir para acabar com o conflito.

A manifestação aconteceu no mesmo dia em que Eamon Gilmore, relator de direitos humanos da União Europeia, fez uma visita à ilha, o que demonstra um claro posicionamento político do governo cubano em relação à situação no Oriente Médio.

À medida que os manifestantes passavam em frente à embaixada dos Estados Unidos, que apoia Israel, eles entoaram palavras de ordem como “ianque fascista, você é terrorista”, reforçando o repúdio à posição dos EUA no conflito.

Essa foi a maior manifestação organizada em Cuba desde o início do conflito desencadeado pelo ataque do movimento islamista Hamas em solo israelense no início do mês, que já deixou milhares de mortos e sequestrados, segundo as autoridades israelenses.

Nas últimas semanas, Havana e outras províncias do país já registraram marchas e concentrações similares em solidariedade aos palestinos. O governo e a população cubana seguem demonstrando seu apoio à Palestina e sua oposição à postura dos EUA e de Israel no conflito.

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